29 novembro 2006
Cinema underground
Nos idos de 1993, costumava fazer em minha casa umas sessões de video chamadas Triciclo, onde programávamos uma sequência de filmes underground e experimentais americanos (que tinham cá chegado por mão do Rigo, a viver em San Francisco). Um dos autores mais admirados era George Kuchar, cujos videos caseiros e corrosivos nos deliciavam. Aprecio nele particularmente a inversão dos clichés, o uso irónico da música e a capacidade cinemática de emocionar.
Estão agora disponíveis online os filmes anteriores, desde 1965, ainda feitos em 16mm: http://www.ubu.com/film/kuchar.html
28 novembro 2006
Cinema sonoro
Os filmes experimentais de Mauricio Kagel são construídos como uma partitura sonora-e-visual. Gerando ruídos e ritmos que a própria imagem revela, Kagel encena um universo próprio de visões que poderíamos chamar de surreais se não fossem, antes de mais, concretas e musicais.
"Antithese" de Mauricio Kagel (1965) e outros filmes (cópias de VHS antigos, mas enfim, melhor que nada) in http://www.ubu.com/film/kagel.html
27 novembro 2006
Cinema surrealista
23 novembro 2006
O lago do Marquês
Anos 30? (proveniência incerta)
1953, foto Kurt Pinto
E muitas outras fotos acessíveis e pesquisáveis no Arquivo Municipal Fotográfico de Lisboa.
1953, foto Kurt Pinto
E muitas outras fotos acessíveis e pesquisáveis no Arquivo Municipal Fotográfico de Lisboa.
Docblog
Um blogue brasileiro sobre documentário, quase homónimo deste: http://oglobo.globo.com/blogs/docblog , de Carlos Alberto Mattos
Destaque: o extraordinário documentário North Korea: A Day in the Life, de Pieter Fleury, que passou em Lisboa no Indie de 2005.
22 novembro 2006
21 novembro 2006
Cinema expandido
Novo blog EXPANDED CINEMA de João Ribas: http://expandedcinema.blogspot.com/
Duas definições:
'Expanded cinema' was a term used to describe films presented on many screens simultaneously. Its aim was to make visible aspects of the medium normally employed 'transparently'. It demanded that the spectator reflect on the means of image-making.
in http://www.tate.org.uk/britain/artistsfilm/programme2/expandedcinema.htm
“Expanded cinema”, i.e. the expansion of the commonplace form of film on the open stage or within a space, through which the commercial-conventional sequence of filmmaking – shooting, editing (montage), and projection – is broken up (...). Today, expanded cinema is the electronic, digital cinema, the simulation of space and time, the simulation of reality. The expanded cinema of the 1960s, as part of the alternative or independent cinema, was an analysis carried out in order to discover and realise new forms of communication, the deconstruction of a dominant reality.
in http://www.sensesofcinema.com/contents/03/28/expanded_cinema.html
Cinema estrutural:
Fragmentation, repetition, rapid camera-movements and an insistent sound track -- all characteristics of Structural film (...).
in http://www.tate.org.uk/britain/artistsfilm/programme2/readingimages.htm
Cinema conceptual:
Serial works, in which ideas unfold through a series of distinct but related parts, were a feature of 1970s Conceptual art. David Hall e Ian Breakwell in http://www.tate.org.uk/britain/artistsfilm/programme2/7tv9jokes.htm#tvi
Um livro: Gene Youngblood "Expanded Cinema" (1970) [PDF, 4.6 mb].
in http://www.ubu.com/historical/youngblood/youngblood.html
E um site sobre cinema experimental: http://expcinema.com/site/index.php
Duas definições:
'Expanded cinema' was a term used to describe films presented on many screens simultaneously. Its aim was to make visible aspects of the medium normally employed 'transparently'. It demanded that the spectator reflect on the means of image-making.
in http://www.tate.org.uk/britain/artistsfilm/programme2/expandedcinema.htm
“Expanded cinema”, i.e. the expansion of the commonplace form of film on the open stage or within a space, through which the commercial-conventional sequence of filmmaking – shooting, editing (montage), and projection – is broken up (...). Today, expanded cinema is the electronic, digital cinema, the simulation of space and time, the simulation of reality. The expanded cinema of the 1960s, as part of the alternative or independent cinema, was an analysis carried out in order to discover and realise new forms of communication, the deconstruction of a dominant reality.
in http://www.sensesofcinema.com/contents/03/28/expanded_cinema.html
Cinema estrutural:
Fragmentation, repetition, rapid camera-movements and an insistent sound track -- all characteristics of Structural film (...).
in http://www.tate.org.uk/britain/artistsfilm/programme2/readingimages.htm
Cinema conceptual:
Serial works, in which ideas unfold through a series of distinct but related parts, were a feature of 1970s Conceptual art. David Hall e Ian Breakwell in http://www.tate.org.uk/britain/artistsfilm/programme2/7tv9jokes.htm#tvi
Um livro: Gene Youngblood "Expanded Cinema" (1970) [PDF, 4.6 mb].
in http://www.ubu.com/historical/youngblood/youngblood.html
E um site sobre cinema experimental: http://expcinema.com/site/index.php
20 novembro 2006
19 novembro 2006
Imagens sobre música
IMAGENS SOBRE MÚSICA - Mostra de Filmes Documentários na Fonoteca de Lisboa.
De 21 a 25 de Novembro, às 18h.
Praça Duque de Saldanha - Edifício Monumental, Loja 17.
18 novembro 2006
Cineblogues
1º Encontro Nacional de Blogues de Cinema: http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/2006/11/blogues-de-cinema.html
16 novembro 2006
Direito à vida
Pelo direito à vida das mulheres, aqui vai um link para um documentário histórico: http://gloriafacil.blogspot.com/2006/11/maaaaaaiiiiis-uma-entrevista-histrica.html
14 novembro 2006
Moldar a imagem (2)
Gustav Deutsch trabalha sobre imagens cinematográficas antigas – imagens de arquivo ou found footage - que ele reproduz a uma velocidade mais lenta, dando-nos acesso a uma leitura atenta dos pormenores e sobretudo dos gestos das pessoas cuja imagem foi por instantes capturada.
Em “Mundo Espelho Cinema”, partindo de uma imagem panorâmica inicial, à qual regressa várias vezes, Deutsch faz zooms digitais a certas figuras a partir das quais dá um salto para outras imagens semelhantes (de uma rapariga para outra, de um homem de bigode para outro, de um homem de boné para outro, de um automóvel para outro, etc., etc.) – um procedimento formal de raccord que lhe permite associar todas essa imagens encontradas e criar a partir delas um tecido de relações que parte e volta à imagem-mãe.
No filme que ontem vimos, dividido em três partes, essas imagens iniciais eram imagens de rua – panorâmicas - em que a multidão se vira para a câmara entre o divertida, o curiosa e o desafiadora. A primeira imagem do primeiro filme é numa rua de Viena, em 1912, frente a um cinema. No segundo filme, em Surabaya, Indonésia, 1929, a imagem inicial mostra um cine-teatro onde se exibe os Nibelungos. Em S. Mamede de Infesta, Porto, 1930, o cinema local apresenta Zé do Telhado. A consciência dos passantes acerca do papel da câmara que filma a rua é já informada pelo seu conhecimento e experiência do cinema em sala. Não há inocência em relação à presença da máquina, mesmo quando o riso envergonhado de quem se mostra diante dela ainda revela a virgindade dessa relação.
A partir de cada uma destas imagens introdutórias, associam-se imagens soltas que tanto pertencem a filmes de ficção, a experiências, a documentários ou a filmes oficiais. O conjunto recria um quadro imaginário composto de auto-representações de época, que a uma distância de muitas décadas se reconstituem para nós como fragmentos de vida e de pensamento cujos hiatos e omissões devemos preencher com a nossa memória e imaginação. As imagens contam-nos qualquer coisa cujo referente se perdeu no tempo, e é o nosso papel de espectadores o de as recontar interpretando livremente.
Ou de como imagens documentais se podem transformar em puras manifestações do desejo de imaginar, reinterpretação de sinais e emoções que nos chegam obliteradas – e sem som. Aliás, a criação de uma banda sonora - a partir de canções de época, retomadas composicionalmente numa linguagem musical mais contemporânea – sustenta a visão das imagens e o seu ritmo, criando uma cama sonora para a contemplação. Fascinante.
Welt Spiegel Kino. Episode 1–3 (2005), visto ontem na Cinemateca. Hoje, às 21h30, passa “Film ist”/O cinema é.
No blogue Ainda não começamos a pensar, uma filmagem, feita por Nuno Lisboa, de G.D. pesquisando na moviola.
Em exibição em Vila do Conde: http://www.curtasmetragens.pt/solar/index.php?menu=5&submenu=122
A extensa filmografia de Gustav Deutsch pode ser consultada em http://www.sixpackfilm.com/catalogue.php?pid=1596&lang=de
13 novembro 2006
Moldar a imagem
Na Cinemateca, Jorge Molder expõe fotografias que fixam partes de fotogramas de filmes. Nessa operação de segunda ordem que é a criação de uma imagem a partir de outra, o fotógrafo olha os filmes como uma natureza cujos instantes ele agarra, tomando-os como imagens que já não se referem ao seu contexto fílmico (nem sequer iconicamente, pois são fragmentos eventualmente não reconhecíveis). Momentos, acções, aparições e atravessamentos cinematográficos – capturados em imagens que não têm nada que contar, nem sequer de onde vêm nem que significam. Partindo de uma apropriação da matéria pura de imagens alheias, o fotógrafo transforma-as em imagens absolutas - que se impõem per se na sua beleza e na sua força assignificante. «Não tem que me contar seja o que for» é o título da exposição, assim reforçando uma ideia de imagem que, liberta do seu referente, se torna abstracta e pode ser vista como objecto de arte autónomo - capaz de suscitar livres interpretações, memórias e sensações.
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09 novembro 2006
O futuro do passado
Ghosts before breakfast, 1927
«Os nazis destruíram a banda sonora deste filme como "arte degenerada". Isso mostra que mesmo os objectos se revoltam contra a regimentação.", diz o prólogo do filme. Assim, sugiro que o vejam sem som, visto que o que se ouve terá sido enxertado a posteriori e podemos considerá-lo também degenerado.
Hans Richter, pintor, cineasta e historiador do movimento dadaísta (Dada: Art and Anti-Art / Dada: Arte e Antiarte) cuja obra apenas nos chegava em suporte impresso, tem hoje acessíveis online as suas obras fílmicas. É extraordinário como as tecnologias ditas do futuro nos deixam aceder ao passado desconhecido, redescobrir a novidade das invenções antigas e pensar no eterno retorno das artes.
Via Youtube, via Underworld, mas também em http://www.ubu.com/film/richter.html
«Os nazis destruíram a banda sonora deste filme como "arte degenerada". Isso mostra que mesmo os objectos se revoltam contra a regimentação.", diz o prólogo do filme. Assim, sugiro que o vejam sem som, visto que o que se ouve terá sido enxertado a posteriori e podemos considerá-lo também degenerado.
Hans Richter, pintor, cineasta e historiador do movimento dadaísta (Dada: Art and Anti-Art / Dada: Arte e Antiarte) cuja obra apenas nos chegava em suporte impresso, tem hoje acessíveis online as suas obras fílmicas. É extraordinário como as tecnologias ditas do futuro nos deixam aceder ao passado desconhecido, redescobrir a novidade das invenções antigas e pensar no eterno retorno das artes.
Via Youtube, via Underworld, mas também em http://www.ubu.com/film/richter.html
08 novembro 2006
Entrevista
Esta entrevista a Ricardo Iscar Alvarez, acerca do seu documentário Tierra Negra, esclarece algumas dúvidas que antes levantei: http://www.youtube.com/watch?v=FmuBaCruzqA
Visto em http://reservoirdocscalaix.blogspot.com/2006/01/entrevista-ricardo-scar.html
06 novembro 2006
Águas Furtadas
Este é o (belo) anúncio do nº 10 de aguasfurtadas, (excelente) revista (em papel) de literatura, música e artes visuais (cujo blogue é http://revista-aguasfurtadas.blogspot.com/).
05 novembro 2006
Direito à imagem?
Teremos direito e possibilidade de nos opormos a que outros nos transformem em imagens?
Um debate para dia 16 Novembro às 19h, quinta-feira, na livraria Almedina: http://mesticagens.blogspot.com/2006/11/falar-de-imagens-na-almedina-dia-16-de.html
04 novembro 2006
Plágio
E agora para algo completamente diferente: chegam por email estas fotos que vêm não se sabe donde nem por quem. A referência às fontes não parece importar muito os internautas e não posso senão fazer aqui um descarado plágio.
A mensagem original intitula-se "Who needs a truck??!", expressão que, numa pesquisa rápida, nos dá acesso a múltiplos clones espalhados por inúmeros sites, e uma discreta referência à origem das fotos: "The awesome photos come from a book called Bikes of Burden. They were all shot in Saigon by Hans Kemp." in http://www.nabble.com/Re:-Who-needs-a-truck--p6908833.html que nos leva a http://www.bikes-of-burden.com/ e ao seu autor: http://www.hanskemp.com/
A mensagem original intitula-se "Who needs a truck??!", expressão que, numa pesquisa rápida, nos dá acesso a múltiplos clones espalhados por inúmeros sites, e uma discreta referência à origem das fotos: "The awesome photos come from a book called Bikes of Burden. They were all shot in Saigon by Hans Kemp." in http://www.nabble.com/Re:-Who-needs-a-truck--p6908833.html que nos leva a http://www.bikes-of-burden.com/ e ao seu autor: http://www.hanskemp.com/
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