29 outubro 2007

O que é nacional é mal



Nota final sobre o Doclisboa: a triste constatação da falta de atenção a que os documentários portugueses foram votados na imprensa diária, começando pelo Público, jornal associado ao evento, onde só se escreveu sobre os filmes estrangeiros, como se os filmes portugas não merecessem uma recensãozita, já que crítica nem há, como se pudessem só interessar a outro qualquer público que não o nacional, supostamente tão desinteressado como os jornalistas, o que se tem provado erróneo. A verdade é que este ano as sessões nacionais tiveram bastante menos público do que nos anos anteriores... Nas páginas de roteiro cultural, sim, havia um pequeno anúncio com todas as sessões do dia, mas incomprensivelmente os anúncios de página inteira do festival omitiam sistematicamente as projecções nacionais. Não há maneira de entender isto.

Mea culpa: também eu não escrevi aqui sobre o doc nacional, mas eu não tenho obrigações públicas. Ainda sou do tempo de "o que é nacional é bom". E quero felicitar o Daniel pela sua assídua cobertura do festival.

1 comentário:

Sérgio A. Correia disse...

Bem sei que isto é típico de um país pequeno (a Dinamarca será "maior" que nós?), mas já chateia esta relação anormal com tudo o que cheire a estrangeiro..Que diabo,nós tb somos estrangeiros...Somos romanos, temos sangue alemão nas veias por via das invasões "bárbaras", temos sangue árabe, judeu, preto...